Trechos do Livro Transtorno de Ansiedade – A. Beck e D. Clark
Temas
a
serem desenvolvidos:
•
Definição de
ansiedade e o papel do medo
• A
natureza universal e adaptativa do medo
• Explicação
cognitiva para ativação inadequada do programa de ansiedade
•
Consequências da ativação inadequada da ansiedade
•
Fuga, evitação e
outras tentativas de controlar a ansiedade
•
Meta do tratamento: desligar o programa de ansiedade
•
Estratégias de tratamento usadas para desativar o programa de ansiedade
• O papel de outras abordagens à redução da ansiedade (p. ex., medicamentos, relaxamento, fitoterápicos)
Medo =
•AVALIAÇÃO
AUTOMÁTICA
BÁSICA DE PERIGO
Ansiedade =
•ESTADO PERMANENTE DE AMEAÇA QUE ENVOLVE
ALÉM DO MEDO, a aversão percebida; incontrolabilidade; incerteza; vulnerabilidade (desamparo);
incapacidade de obter resultados desejados.
O foco principal das intervenções cognitivas é a modificação de estimativas (avaliações) exageradas
•Da
probabilidade e
gravidade da ameaça;
•de avaliações de vulnerabilidade pessoal;
• e falta de segurança.
A normalização
do medo e da ansiedade é
alcançada enfatizando:
• a
universalidade da ameaça,
•as
experiências passadas do paciente com sinais ansiosos
•e a
natureza situacional ou variável dos gatilhos ansiosos
•Corrigir a baixa auto eficácia percebida
para ansiedade salientando como uma discrepância entre capacidade prevista
e
desfechos passados reais contribui
para
a ansiedade.
•abordagem de solução de problema
para
expandir o repertório de
recursos
de enfrentamento adaptativos
e
para promover experiências positivas para aumentar a auto
eficácia
•Abordar:
• as avaliações de risco
errôneas,
•o processamento inibido de sinais
de segurança;
•as respostas mal adaptativas de evitação e
busca de segurança;
•Interromper gradualmente as
respostas mal
adaptativas de
busca
de segurança;
•substituir por estratégias alternativas,
mais adaptativas durante um
período
de tempo prolongado
Quatro
desvantagens
da fuga/evitação:
•Ela impede o aprendizado de que situações
são seguras,
não perigosas ou ameaçadoras
(isto
é, fracasso em desconfirmar avaliações
e
crenças errôneas de ameaça).
•O
alívio subjetivo associado com fuga/evitação reforça esse comportamento em futuros
episódios
de ansiedade.
•Ceder
à fuga/evitação
aumentará a sensação
de
culpa e desapontamento do indivíduo e uma perda de autoconfiança.
•O
alívio imediato
associado
com fuga/evitação aumenta
a sensibilidade do indivíduo
a
sinais de ameaça de modo que no longo prazo manterá ou mesmo aumentará
o
medo e a ansiedade
Após
os exemplos
de
busca de segurança serem obtidos,
essa forma de
enfrentamento da ansiedade poderia contribuir para sua manutenção porque:
•Ela
impede o aprendizado de que seus medos (ameaças percebidas) não têm fundamento
(Salkovskis,
1996a).
•Ela cria
uma falsa sensação de segurança (p. ex., o indivíduo com transtorno de pânico
desenvolve
a crença mal
adaptativa de que
a companhia de um amigo íntimo de alguma forma reduz o risco de palpitações
cardíacas
e de um ataque cardíaco)
•A
ansiedade clínica é uma resposta afetiva automática à ativação inadequada do medo que alcança
o sistema operacional mental do indivíduo.
•O objetivo
da terapia cognitiva é desativar, ou
“desligar”, o programa do medo por meio de mudanças deliberadas
•Avaliações de probabilidades superestimadas
–
•“Estou exagerando a probabilidade
de
que alguma ameaça ou perigo ocorra?”
•Avaliações de gravidade exageradas –
•“Estou excessivamente focado no pior desfecho
possível?
•Estou exagerando a gravidade
de um
desfecho negativo?”
•Primeiras habilidades ensinadas na terapia
cognitiva
é:
• a capacidade de identificar
e registrar
os pensamentos, imagens e avaliações apreensivos automáticos que caracterizam
episódios
ansiosos. Além disso, os pacientes
escrevem
suas observações dos sintomas
físicos
e comportamentais da ansiedade.
•O auto monitoramento dos pensamentos
ansiosos
é uma habilidade previamente necessária para a reestruturação cognitiva.
•A busca
de evidência pode ser
um
método efetivo de contestar um pensamento ansioso exagerado encorajando o indivíduo
ansioso a mudar de avaliações
baseadas no
afeto (ou seja, raciocínio ex‑consequentia:
“sinto -me, portanto
devo estar
em perigo”) para avaliações de uma situação baseadas em evidências
•A análise
de custo -benefício é uma intervenção cognitiva
que ensina os pacientes a adotar uma abordagem pragmática examinando as vantagens
e desvantagens imediatas e de longo prazo de presumir ameaça exagerada ou,
alternativamente, de adotar uma visão mais realista.
•A descatastrofização envolve
a identificação
do “pior
cenário possível” associada com uma preocupação ansiosa,
a avaliação da probabilidade
desse
cenário e então a construção de um desfecho moderadamente inquietante mais provável.
•A solução
de problema é usada
para
desenvolver um plano para lidar com o desfecho negativo mais provável
•Os pacientes aprendem a identificar os erros cognitivos e o raciocínio indutivo errôneo que caracteriza um estilo de pensamento ansioso. Essa intervenção ajuda os pacientes a desenvolver uma postura mais crítica em relação a seus pensamentos ansiosos automáticos
Síntese: Prof. Paulo Antônio Almeida
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